Com o mercado cada vez mais concorrido na área médica, com diversas ferramentas e aplicativos sociais tais como facebook e instagram, fica cada vez mais difícil de delimitar o marketing médico.
Hoje em dia os pacientes têm cada vez mais procurado informações sobre os médicos antes de agendar alguma consulta e o google acaba sendo a ferramenta mais utilizada.
Contudo, você deve estar ciente de que a publicidade é uma ferramenta de divulgação profissional importante para conquistar novos pacientes e para construir uma boa reputação.
O tema preocupa tanto que o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma Resolução (nº 1.974/11) onde apresenta o manual da publicidade médica. Sendo assim, todos os médicos, independente da sua especialidade, estão sujeitos às normas estabelecidas pelo CFM.
Vejamos as principais regras estabelecidas:
- Comunicação da especialidade: O médico pode fazer propaganda de título de especialista e do registro do CRM local, mas é limitado a fazer menção a, no MÁXIMO, duas especialidades. Pode, ainda, listar as sociedades médicas das quais é membro;
- Publicação da titulação acadêmica: Não há restrições para referências a títulos acadêmicos em cartões e itens de papelaria, contudo, todos os títulos acadêmicos anunciados devem estar registrados no CRM.
Vele lembrar que não é permitido divulgar especialidades ou áreas de atuação que não sejam reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina ou pela Comissão Mista de Especialidades.
- Expressões vetadas: Na divulgação pessoal o médico jamais poderá trazer expressões como: “o melhor”, “o mais eficiente”, “único capacitado”; “resultado garantido” ou semelhantes, podendo ser caracterizado como propaganda enganosa.
Da mesma forma, é proibido oferecer garantia de resultados de tratamento ao paciente ou aos familiares.
- Divulgação dos preços dos serviços: são proibidos anúncios com divulgação de preços de procedimentos e/ou formas de pagamento/parcelamento.
- Criação de blog: Para o CFM o blog é uma ferramenta de disseminação de conhecimento científico. Sendo assim, essa iniciativa é encorajada quando possui o intuito de disseminar informações verídicas e relevantes sobre a área médica.
Por outro lado, o médico não pode prestar qualquer tipo de consultoria a pacientes utilizando o blog ou página pessoal.
- Recebimento de prêmios: É vedado ao médico receber prêmios como “médico do ano”, “destaque”, “melhor médico”, etc, pois considera-se tais atos como publicidade irregular. No mesmo sentido, homenagens estão restritas às instituições acadêmicas, sociedades médicas ou órgãos públicos.
- Entrevistas em rádio e emissoras de TV: A participação do médico em entrevistas a imprensa só poderá se dar se tiver como função o esclarecimento da sociedade sobre algum tema. No momento da divulgação, o médico deve ser identificado com o nome completo e com a sua especialidade.
Assim, o médico está impedido de realizar entrevistas para se autopromover, indicar endereço ou telefone do consultório ou tentar captar pacientes. Não podendo, também, receber para dar entrevistas ou obter lucros de qualquer espécie.
Se, por alguma razão, a matéria jornalista trouxer alguma incorreção ou o médico vir a discordar do seu teor, deverá encaminhar ofício retificando a imprensa e ao CRM local.
- Participação em propagandas: O CFM proíbe a participação de médicos em anúncios de produtos ou marcas comerciais, método ou técnica que não seja aceito pela comunidade científica, além de divulgação de técnicas exclusivas.
- Anúncio dos equipamentos da clínica: As clínicas médicas têm autorização para anunciar equipamentos, mas não podem dar a entender que o aparelho representa garantia de sucesso do tratamento.
10. Exibir fotos dos pacientes: Essa prática, infelizmente, ainda é comum entre alguns profissionais. São as chamadas fotos “antes” e “depois”, mas é importantíssimo esclarecer que esta prática não é aceita pelo CFM, podendo gerar penalizações. Ainda que o paciente permita o uso das fotos o seu uso segue sendo vedado.
